O exercício é uma intervenção de baixo custo que pode promover saúde em vários aspectos e é capaz de reduzir a dor e outros sintomas da fibromialgia (FM). Nos últimos 20 anos, muitos ensaios clínicos sobre exercício para a FM foram publicados. Apesar dos erros metodológicos, há forte nível de evidência de que exercícios aeróbios supervisionados são eficazes na redução da dor, número de pontos dolorosos, qualidade de vida e depressão.
Antes de iniciar um programa de atividade física
- Avaliar risco cardiovascular
- Avaliar e tratar co-morbidades musculoesqueléticas
- Avaliação funcional
- Checar medicações em uso
- Perguntar sobre história pregressa de atividade física
- Quando o uso de medicamentos para fibromialgia estiver indicado, iniciá-lo quatro semanas antes de começar a atividade física para melhorar a dor e tolerância ao esforço
- Explicar a importância do exercício no tratamento
- Explicar que deverá ser “para sempre”
- Preparar o paciente para uma possível piora da dor nas primeiras oito semanas de treinamento
- Explicar aos pacientes que os benefícios ocorrem após 8-10 semanas e continuam aumentando até 20 semanas.
Prescrição do programa de exercício para pacientes com fibromialgia
- Individualize a prescrição
- Tipo de exercício: Condicionamento aeróbio deve ser prescrito para todos, exceto quando houver condição associada que o contra-indique. Treinos de força e alongamento são seguros e podem ser prescritos se houver contra-indicação para treino aeróbio ou por preferência do paciente.
- A preferência do paciente deve ser considerada na escolha da modalidade.
- Modalidade: de baixo impacto
- Intensidade: Treinamento na freqüência cardíaca do limiar anaeróbio. Quando fórmulas forem utilizadas, prescrever 65-70% da FC máx, ou 50-55% da FCR (Karvonen).
- Iniciar com carga menor e aumentar progressivamente (treino escalonado)
- Diminuir carga quando houver piora sintomática
- Evitar super treinamento
- Minimizar contrações excêntricas
- Se possível, oferecer programa supervisionado ou atividades em grupo
- Estimular pacientes a participar de grupos e associações (de pacientes)
- Ser otimista sobre o quanto o exercício poderá ajudá-los
- Prescrição por escrito
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