domingo, 25 de dezembro de 2011

Homens perdem peso mais fácil porque têm até 20% mais músculos Massa magra é motor do corpo e ajuda maior parte das reações químicas. Na menopausa e andropausa, a testosterona cai e a gordura aumenta.



Os homens têm mais massa magra que as mulheres, motivo pelo qual perdem peso com mais facilidade. Isso porque os músculos são o motor do corpo e promovem a maior parte das reações químicas que transformam nutrientes em energia, o que garante a queima calórica.


Nas células musculares, organelas chamadas mitocôndrias são responsáveis pelo gasto energético. Os músculos também ajudam no metabolismo basal, que é a queima do organismo em repouso, necessária para manter o funcionamento dos órgãos vitais. Quando os homens diminuem a ingestão de alimentos e fortalecem a massa magra, aumentam ainda mais esse gasto.

Segundo os endocrinologistas Alfredo Halpern e João Eduardo Salles, a mulher concentra mais gordura no quadril, culote, bumbum, coxas, cintura e seios. Já a silhueta masculina é mais marcada na barriga.

Quando entram na menopausa, as mulheres ganham ainda mais massa gorda, que costuma se acumular no abdômen. Como o ovário para de funcionar, cai a produção de testosterona, hormônio masculino que ajuda no crescimento dos músculos.

Os homens também costumam aumentar de peso na andropausa, porque, assim como as mulheres, sofrem uma redução na produção de testosterona, adquirindo massa gorda e perdendo a magra.

O metabolismo pode ser acelerado com a atividade física, mas não é possível saber quanto tempo ele fica acima do nível, pois isso depende da intensidade do exercício.

Para aumentar o metabolismo basal e queimar calorias até dormindo, os médicos recomendaram controlar a alimentação, fazer atividade aeróbica e também musculação. Dormir bem também ajuda. Segundo Salles, quem descansa pouco e mal reduz até 36% a taxa de metabolismo basal e  acaba engordando mais.

Além disso, receber leite materno na infância previne a obesidade na vida adulta, de acordo com Halpern.

Como calcular o metabolismo basal:

- 3 a 10 anos [0,085 x P + 2,033] x 239 [0,095 x P + 2,110] x 239
- 10 a 18 anos [0,056 x P + 2,898] x 239 [0,074 x P + 2,754] x 239
- 18 a 30 anos [0,062 x P + 2,036] x 239 [0,063 x P + 2,896] x 239
- 30 a 60 anos [0,034 x P + 3,538] x 239 [0,048 x P + 3,653] x 239
P = peso corporal em kg

* Essa conta não é válida para mulheres durante o período de amamentação.

-Mulher pouco ativa (taxa basal + 20% = gasto calórico diário)
-Mulher ativa (taxa basal + 30%)
-Mulher muito ativa (taxa basal + 40%)
-Homem pouco ativo (taxa basal + 25%)
-Homem ativo (taxa basal + 35%)
-Homem muito ativo (taxa basal + 45%)

Exemplo da taxa metabólica de uma mulher de 37 anos ativa: taxa basal 1.381 calorias + 30% = 1.795 calorias

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Com exercícios físicos é possível chegar aos 100 anos de idade com qualidade de vida.


No último dia 11 de novembro, o Hospital São Cristóvão promoveu o IV Simpósio PRO Ativa –Programa de Reabilitação e Orientação Ativa, voltado para temas que envolvem a Longevidade, debatendo novas tendências em Saúde a caminho dos 100. Uma das palestras do evento foirealizada pela Dra. Janise Lana Leite (CRM/SP 126.876), médica geriatra com especialização emfisiologia do exercício e treinamento resistido na saúde, doença e no envelhecimento.


De acordo com a Dra. Janise, é possível chegar aos 100 anos com qualidade de vida por meio da prática de exercícios físicos. “Hoje sabemos que o estilo de vida responde por 80% do processo de envelhecimento. Por este motivo, adotar hábitos saudáveis e praticar atividade física é a grande receita para se chegar aos 100 anos de idade com a independência funcional que garantirá uma boa qualidade de vida”, explica a geriatra.


A médica explica que independência funcional é a capacidade de realizar tarefas diárias sem depender da ajuda de outros. A partir dos 80 anos, para muitos idosos torna-se um verdadeirodesafio subir alguns degraus sozinhos, vestir-se, amarrar os sapatos, tomar banho, caminhar e usartransporte coletivo. “De maneira bastante simplificada, se conseguirmos chegar à idade avançadacom independência funcional garantida teremos melhor qualidade de vida” resume a especialista.


Diretora médica da academia Estação do Exercício e Saúde, especializada em musculação paraidosos, Dra. Janise explica que a atividade física retarda o envelhecimento e previne ou melhora ocontrole de uma serie de doenças crônicas, incluindo diabetes, hipertensão e colesterol elevado.“Hoje em dia o conhecimento médico sobre os efeitos do sedentarismo é bastante amplo: sabemosque a vida sedentária contribui para redução da imunidade e do metabolismo, reduz a capacidadepulmonar e cardiovascular, reduz a força física e aumenta o risco de quedas, entre outros problemasenfrentados pela população da terceira idade sedentária” afirma.


Por outro lado,o idoso que realiza exercícios físicos readquire a independência de movimentos,amplia sua disposição para atividades sociais, melhora seu estado emocional e volta a sentir-se útil.Exercícios aeróbicos como caminhadas, natação ou bicicleta são apropriados. Exercícios de forçacomo a musculação também são indicados, desde que realizados com acompanhamento deprofissionais especializados. Da mesma forma, uma série bem preparada para idosos devecontemplar também exercícios de flexibilidade. Os exercícios são orientados de acordo com acapacidade física e funcional de cada indivíduo.


A orientação da Dra. Janise para a plateia do Hospital São Cristóvão terminou com um convite: “sevocê se convenceu da importância da atividade física para o seu futuro, o melhor dia para começar éhoje!”.


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Dra. Janise Lana Leite (CRM/SP 126.876), é médica geriatra com especialização em fisiologia doexercício e treinamento resistido na saúde, doença e no envelhecimento, e Diretora Médica daAcademia Estação do Exercício e Saúde – especializada em musculação para idosos

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pilates ganha massa muscular?

O Pilates vem se tornando cada vez mais comum entre as pessoas e precisamos estar atentos aos benefícios que a atividade proporciona: Músculos mais tonificados e alongados, ganhos de força e estabilização do centro, previne lesões, alivia tensões e dores nas costas, melhora a postura, consciência corporal, coordenação motora, equilíbrio e condicionamento físico.
Sabendo que nosso corpo recebe alterações diversas, uma das preocupações sem dúvida torna-se a perda de massa muscular e principalmente entre as mulheres. O Pilates é uma atividade que exercita o corpo em equilíbrio. Os exercícios podem ser feitos tanto no solo (Mat Pilates), como também em equipamentos (estúdios).
No solo, utiliza-se o peso do próprio corpo a favor ou contra a ação da gravidade. As aulas são iniciadas com exercícios de baixa dificuldade e vamos progredindo de acordo com a aptidão física de nosso cliente com ou sem a utilização de alguns acessórios, seja para desafiar ou facilitar a execução.

Nas aulas com equipamentos, os mesmos, pela estrutura física conter molas, podem auxiliar ou desafiar o praticante. Entre os equipamentos mais utilizados estão o Reformer: com base de suporte móvel (carrinho) com molas, alças, barra, plataformas e caixas; o Cadilac: com base de suporte grande e fixa com estruturas como os postes verticais e horizontais, molas, barras, alças entre outros acessórios próprios do equipamento; a Cadeira: com base de suporte pequena com dois pedais (podendo ser utilizados unidos ou separados) com molas e cada uma com 3 tensões diferentes, ideal para trabalhar descarga de peso e movimentos recíprocos; e o Barril Ladder: que tem a base de suporte em forma uma curva com uma escada na lateral, geralmente indicado para movimentos de coluna, abdômen e alongamento.
Uma das frequentes interrogações é a respeito do ganho de massa muscular no Pilates. Algumas atividades têm treinamentos específicos de ganho muscular, o Pilates com certeza se torna um complemento desse trabalho realizado. O aluno conseguirá definir a musculatura, sem aumentar o seu volume, ou seja, o foco do Pilates NÃO é hipertrofia.
O resultado do Pilates não está relacionado ao número de repetições e sim pela qualidade do movimento. A consciência corporal adquirida, somada a um trabalho da estrutura musculoesquelética, permite a execução dos exercícios com eficiência e segurança.
Atividades físicas, que um dos objetivos é a hipertrofia, também trazem benefícios ao corpo e no acompanhamento de um profissional qualificado, o mesmo orientará seu cliente de qual modalidade será a ideal para alcançar seu objetivo.

Pratique com consciência!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Musculação terapêutica previne lesões e ainda ajuda a emagrecer

Corpo sarado não é sinônimo de saúde, escondendo muitas vezes lesões graves adquiridas por excessos e equívocos em academias. Para corrigir esses problemas e evitar erros que podem levar ao surgimento de lesões, a Biosete investiu na musculação terapêutica, que se diferencia da musculação tradicional por ter o acompanhamento de um personal fisioterapeuta e ser baseada no conceito de wellness (bem-estar).
A técnica é indicada para qualquer tipo de pessoa, de qualquer idade, mesmo as sedentárias, obesas, diabéticas (tipo II), hipertensas, com colesterol alto ou osteoporose. O tratamento varia de acordo com a patologia, a idade e o condicionamento físico.
O público-alvo da musculação terapêutica são pessoas de qualquer idade, sedentárias ou atletas, com lesões ou saudáveis, que não suportam o ambiente das academias tradicionais e precisam desenvolver força e volume muscular sem risco de lesão.
A musculação terapêutica também age na redução calórica, aumentando o metabolismo e auxiliando no emagrecimento.
“O primeiro passo é a avaliação músculo-esquelética com um fisioterapeuta, que dura aproximadamente uma hora. Feito o diagnóstico, é elaborado um programa de exercícios e a pessoa é acompanhada por um personal fisioterapeuta”, diz Pablo Pompermayer, um dos sócios da Biosete.
Ele explica que os aparelhos são modulados e colocados no ângulo correto, de acordo com a altura e o peso da pessoa. O fisioterapeuta acompanha todo o treino, observando postura, execução do exercício, carga e tempo de repouso.
“Peso é remédio. Quanto mais peso a pessoa conseguir impor com segurança, melhor é a resposta fisiológica. Um programa aeróbio bem elaborado de 20 minutos pode ter resultado melhor do que duas horas de malhação sem orientação”, garante Pablo.
Ele lembra que atletas e pessoas que desejam melhorar o condicionamento aeróbio e muscular com a supervisão de um especialista também podem utilizar a técnica.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Obesidade. Conheça mais esta condição.


O que é obesidade?
obesidade é o aumento da reserva natural de gordura que leva as pessoas a apresentarem um peso corporal superior àquele considerado normal para a sua compleição física e para determinada faixa etária. Esse aumento de gordura é fruto de hábitos alimentares inadequados ou de certas doenças, geralmente endócrinas, e tem repercussões às vezes graves sobre a saúde geral das pessoas. Embora afete o ser individual, a obesidade tem acometido cada vez mais pessoas a ponto de se tornar em alguns países um problema de saúde pública. Ela pode acometer os indivíduos desde a infância ou ser adquirida mais tardiamente. É importante que as crianças desde cedo formem hábitos alimentares saudáveis porque depois de adquirirem costumes inconvenientes é muito difícil alterá-los e porque criam células adiposas em excesso, que se tornam depósitos adicionais de gordura.
Do ponto de vista objetivo, a obesidade é diagnosticada a partir do índice de massa corporal (IMC), calculado pela divisão do peso em quilogramas do corpo do indivíduo, dividido pelo quadrado da sua altura medida em metros. Um valor acima de 30% indica obesidade, classificada em grau I (30-34,9), grau II (35-39,9) e grau III (acima de 40%). Esse último grau geralmente é chamado de obesidade mórbida e representa um altíssimo risco para a saúde.
Os casos de obesidade vêm aumentando ano a ano, no mundo inteiro. No Brasil, segundo o IBGE, em 2009 ela já atingia 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres com mais de 20 anos. Nos EUA, onde a obesidadeconstitui verdadeiro flagelo, 1/3 da população está acima do peso normal e estima-se que se o problema continuar crescendo nas proporções atuais, essa taxa atingirá metade da população americana até o ano de 2030.
Quais as consequências da obesidade?
O obeso carrega consigo um peso excessivo e desnecessário e com isso sobrecarrega suas articulações e seu aparelho circulatório, causando-lhes problemas. Encontra-se também mais propenso às doenças cardiovasculares e ao diabetes tipo 2, aos transtornos do sono, ao câncer e à hepatite, entre outros males. Além disso, o obeso tem a sua agilidade diminuída, fatiga-se mais rapidamente e sente mais os efeitos desfavoráveis do calor. Tudo isso, afora os problemas de saúde que acarreta, dificulta-lhe sobremaneira as tarefas do dia-a-dia.
Quais as causas da obesidade?
Fatores genéticos
Há pessoas mais predispostas a engordar que outras e geralmente isso se deve à genética. Filhos de pais obesos têm 80-90% de chance de também serem obesos. Assim, a obesidade tem uma incidência familiar, embora se deva também conceder importância, além da genética, à incorporação pela criança dos hábitos alimentares dos adultos. No entanto, para tornar-se efetiva essa tendência depende também do aporte calórico e, portanto, do estilo alimentar de cada pessoa.
Fatores alimentares
Em nosso meio, alguns alimentos calóricos que contribuem para a deposição de gorduras estão entre os mais apreciados pelas pessoas. A dieta para emagrecer tanto deve visar uma diminuição do alimento ingerido, quanto um balanceamento calórico adequado. Deve ser orientada por um médico ou nutricionista, já que a redução excessiva de alimentos ou de aporte calórico pode resultar em problemas.
Fatores psicológicos
Há fatores estressantes, conflituais e ansiogênicos, que levam as pessoas a comerem demais, acarretando-lhes obesidade. Além disso, há doenças alimentares específicas, como a bulimia, por exemplo, que podem levar à mesma consequência. Embora em geral os deprimidos diminuam seu apetite e percam peso, alguns depressivos reacionais comem excessiva e compulsoriamente e engordam.
Fatores mórbidos
Algumas doenças, geralmente endócrinas, alteram o metabolismo e provocam ganho de peso. Entre elas as disfunções hipotalâmicas, o hipotireoidismo, a síndrome de Cushing, os ovários policísticos e a deficiência dohormônio do crescimento. No entanto, estas doenças são responsáveis por uma pequena porcentagem de casos de obesidade.
Medicações
Entre os efeitos colaterais indesejáveis de algumas medicações conta-se o aumento de peso e a obesidade. É, por exemplo, o caso dos corticoides, dos neurolépticos e de alguns antidepressivos. O médico deve informar ao paciente quais os possíveis efeitos da medicação que receita sobre o seu peso.
Fatores sócioculturais
Ultimamente o consumo de calorias cresceu muito nas sociedades desenvolvidas e o sedentarismo das pessoas aumentou na mesma proporção, ou ainda mais. Isso responde em parte pelo aumento recente daobesidade. Além disso, muitas sociedades estimulam hábitos alimentares favorecedores da obesidade, em maior ou menor grau, e algumas criam e mantêm hábitos que levam os indivíduos a se alimentarem além do biologicamente necessário. Outras até mesmo fazem apologia de tal fato.
obesidade nunca é causada por um único fator, mas por uma concorrência de vários deles. Por isso, o tratamento também deve ser multifatorial.
Existe tratamento para a obesidade?
Nos casos em que haja uma enfermidade de base, esta deve ser tratada antes de tudo.
O tratamento da obesidade implica em medidas para perder e para conservar o peso no nível desejado. As dietas e os exercícios físicos devem ser priorizados entre os demais recursos. É importante não ficar só no plano de restrições alimentares, que geralmente são desagradáveis e não duram muito. Além da diminuição da ingestão de alimentos, uma verdadeira reeducação alimentar é fundamental para que após incorporada passe a ser seguida com naturalidade.
Os medicamentos para emagrecer devem ser evitados, mas podem ser usados, se necessário, com estrita indicação e supervisão médicas. Nesses casos, os pacientes devem ser advertidos dos riscos e dos possíveis efeitos colaterais desses remédios.
Para pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 40% e que tenham dificuldade de perder peso pode estar indicada a cirurgia bariátrica. Também nesse caso o paciente deve ser informado sobre os possíveis riscos e complicações do procedimento.
Onde haja um problema psicológico de relevância, uma psicoterapia é indicada.
Um profissional de saúde (médico ou nutricionista) deve ser consultado para aconselhar, diante de cada caso específico, quais providências são as mais recomendadas.
ABC.MED.BR, 2011. Obesidade. Conheça mais esta condição.. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/obesidade/235900/obesidade+conheca+mais+esta+condica.htm

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SÍNDROME METABÓLICA: O IMPACTO NA MODIFICAÇÃO DO ESTILO DE VIDA

Ao longo do tempo, a urbanização trouxe grandes benefícios à população, aumentando a expectativa de vida, a disponibilidade de alimentos e a melhora nos meios de transporte. Porém, esses benefícios acarretaram mudanças no estilo de vida, como o consumo elevado de gorduras, menor grau de atividade física, estresse e tabagismo. Essas mudanças, por sua vez, provocaram elevação da ocorrência de diabetes, hipertensão e obesidade fazendo das doenças cardiovasculares a principal causa de morte no mundo.

A síndrome metabólica é um conjunto de anormalidades que compreende a coexistência variável de obesidade, hipertensão arterial, aumento da quantidade de insulina na corrente sanguínea e elevação das taxas de triglicérides, levando ao aparecimento de doenças cardiovasculares e aumentando o risco de morte em até 2,5 vezes. Esta síndrome chega a ocorrer em mais de 40% dos adultos com mais de 60 anos e não é desprezível o acometimento de adultos entre 20 e 49 anos.

A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física estão entre os principais fatores que contribuem para o surgimento da síndrome, cuja prevenção é um desafio mundial contemporâneo com importante repercussão para a saúde. Destaca-se o aumento da ocorrência da obesidade em todo o Brasil e uma tendência, especialmente preocupante, em crianças em idade escolar, em adolescentes e nas camadas de mais baixa renda. A adoção precoce por toda a população de estilo de vida relacionado à manutenção da saúde, com dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é componente básico da prevenção.

O Brasil tem deficiência de dados nacionais com relação ao consumo alimentar da população, desta maneira, dados do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas devem ser interpretados com cuidado. Os estudos indicam que os alimentos e bebidas consumidos fora de casa tendem a ser comparativamente mais ricos em gorduras, açúcares, sal e álcool do que os consumidos nas refeições realizadas em casa.

Em geral, por pessoa, decresce o consumo de alimentos de origem vegetal, incluindo grãos, cereais, raízes, tubérculos e leguminosas, e de alimentos com amido. A produção e consumo de alimentos de origem animal, como carne e laticínios e, por essa razão, proteína animal e gordura, aumentam, bem como a produção e o consumo de óleos vegetais, gorduras, açúcar e, em geral, os alimentos altamente energéticos, processados com gorduras sólidas à temperatura ambiente, como manteiga, margarina, e ainda açúcar e sal. Portanto, a falta de conhecimento e de acesso à alimentação saudável e suas conseqüências permanecem como desafios fundamentais de saúde pública no Brasil.

A alimentação adequada para tentar combater a Síndrome Metabólica deve:

  1. Permitir a manutenção do balanço energético e do peso saudável.
  2. Reduzir a ingestão de calorias sob a forma de gorduras, mudar o consumo de gorduras saturadas para insaturadas, reduzir o consumo de gorduras trans (hidrogenada).
  3. Aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais integrais.
  4. Reduzir a ingestão de açúcar livre.
  5. Reduzir a ingestão de sal (sódio) sob todas as formas.

A atividade física é determinante do gasto de calorias, fundamental para o balanço energético e para o controle do peso. A atividade física regular diminui o risco relacionado a cada componente da síndrome e traz benefícios substanciais para outras doenças, como pós-infarto e insuficiência arterial periférica.
Boa alimentação e atividade física regular são investimentos vitais e cruciais. Deve-se reagir contra as mudanças do padrão alimentar para pior, afirmando que a alimentação deve voltar ao tradicional e sem os modismos que a tornam menos saudável. 

Os dados científicos disponíveis permitem concluir que:
É possível a aderência a mudanças no estilo de vida e essas promovem redução na pressão arterial, reduzem o risco cardiovascular e diminuem o risco de outras doenças crônicas, como diabetes, alterações na taxa de gorduras sanguíneas e osteoporose.

As medidas de prevenção devem ser implantadas para todas as faixas etárias, incluindo crianças, visando adequação à melhor alimentação e atividade física.

Dr. Antonio Matttos - antmattos@gmail.com - Coordenador de Estudos - Divisão de Epidemilogia Translacional/Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
Dra. Cláudia Stéfani Marcílio
Dra. Luci Uzelin
Dr Álvaro Avezum


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CINESIOALONGAMENTO: O ALONGAMENTO PROPRIOCEPTIVO/RESISTIDO


A partir da década de 90, houve um aumento significativo de produções científicas que comprovassem os benefícios dos exercícios resistidos (glicolíticos) sobre as populações especiais, onde se enquadram os idosos, diabéticos, hipertensos e obesos. Já que a referência de exercício para esta população seria a aplicação de exercícios aeróbios (oxidativos), poucas eram as metodologias que direcionavam seus focos para o exercício resistido, ou musculação propriamente dita.

Aproveitando estes referenciais científicos, foi moldado o MÉTODO STS (Strength Training Strategies) de MUSCULAÇÃO TERAPÊUTICA. Onde o STS é a abreviação da aplicação de “estratégias para a aplicação de treinamentos e tratamentos de força”, já que o termo “Strength Training” era, e ainda o é, encontrado em grande número de artigos científicos relativos ao exercício resistido.  E o CINESIOALONGAMENTO se constitui em uma sessão alternativa dentro de um tratamento com Musculação Terapêutica, que também pode ser utilizada fora deste tratamento, em sessões particulares.

O que o Método STS de Musculação Terapêutica possui como fundamento e estratégia, é a aplicação de 05 (cinco) pilares neurofisiológicos, que foram discutidos exaustivamente, ao longo de 10 anos (de 1989 a 1999) pela equipe de profissionais do Centro Brasileiro de Fisioterapia (CEBRAF), para que atingisse o formato atual. Os fundamentos são:

1. Execução de movimentos funcionais;
2. Controle contínuo da freqüência cardíaca;
3. Comando verbal;
4. Estímulo óculo-motor;
5. Estímulo pelo toque.

A Metodologia STS pode ser aplicada de forma completa, ou em partes. Como exemplo de execução completa, é a atuação do profissional de educação física em aplicação de sessão de Personal Training, ou de um fisioterapeuta na aplicação da cinesioterapia contra-resistida de uma sessão de fisioterapia. O mesmo profissional da fisioterapia pode aplicar padrões de movimento com os fundamentos do STS, sem caracterizar uma sessão com todos os fundamentos.
Da mesma forma, em uma sessão de aula de grupo, em academia ou em empresas, o profissional de educação física pode aplicar muitos fundamentos do STS, como em uma sessão circuito.

O que caracteriza principalmente o método é que o mesmo se vale da monitorização contínua da freqüência cardíaca enquanto o paciente realiza os padrões funcionais de exercício, não permitindo que a mesma fique abaixo ou acima da faixa de treinamento, ou tratamento.

A ênfase do Método STS de Musculação Terapêutica consiste em permitir que indivíduos sedentários, ou clinicamente sedentários, obtenham um perfil de trofismo muscular de aspecto funcional. Assim, como os mesmos encontram-se com uma capacidade de trofismo e força abaixo do normal, o método procura somente normalizá-los, ou prepará-los para um trabalho físico mais específico, como uma determinada modalidade esportiva.

Em função deste aspecto, não costumamos dizer que a musculação com esta característica promova a hipertrofia muscular, e sim desenvolva o trofismo funcional. Pois, a partir do momento que o indivíduo passar a possuir um grau de força e de trofismo normais, ele possuirá condições de ingressar em treinamento físico específico com ênfase à hipertrofia propriamente dita.

Como não entendemos o Método STS como fisiculturismo, não lhe impomos o crivo de técnicas desta modalidade. Pois o público alvo da Musculação Terapêutica possui um padrão diferenciado e é de uma quantidade muito maior que a população que busca  o fisiculturismo. Além de tudo, a busca principal do público que necessita da Musculação Terapêutica, é por qualidade de vida.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Homens têm níveis de testosterona cada vez mais baixos

Os homens de hoje são menos "machos" do que seus pais ou avós. Pelo menos se depender da quantidade de testosterona, o hormônio masculino.
Nas últimas duas décadas, os níveis desse hormônio caíram bastante, segundo alguns estudos. Um deles, feito com mais de 1.500 homens entre 1987 e 2004, constatou que os machos de hoje têm 22% menos testosterona do que os de duas décadas atrás.
Segundo os pesquisadores, do New England Research Institutes, nos EUA, o declínio dos índices não está relacionado com a idade dos participantes da pesquisa é normal que os mais velhos tenham níveis mais baixos do hormônio. A queda foi generalizada e, para eles, deve-se a mudanças no estilo de vida e fatores ambientais, como estresse e tabagismo.
O trabalho foi publicado na revista "The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism".
Para Ricardo Meirelles, endocrinologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o achado do estudo é consenso entre os médicos. Uma das principais razões, segundo ele, é o aumento no número de obesos.
"A obesidade causa queda nos níveis de testosterona e isso favorece o acúmulo de gordura. É um círculo vicioso perverso: menos hormônio aumenta a formação de gordura e inibe a quebra", diz. O excesso de gordura também pode fazer com que o hormônio testosterona seja transformado em estrogênio, hormônio feminino.
De acordo com a endocrinologista Elaine Maria Frade Costa, do Hospital das Clínicas de SP, outros fatores da vida moderna também influenciam.
"Poluidores ambientais e a ingestão de substâncias estrogênicas --pesticidas, componentes do plástico, soja-- podem inibir a liberação do hormônio", afirma.
As consequências são diminuição de libido, disfunção sexual, perda óssea, anemia e alterações no humor.
O quadro nem sempre precisa ser tratado. Mas, se a quantidade de hormônio masculino for abaixo da normalidade, vira doença: o hipogonadismo.
Um exame de sangue simples detecta o problema. Se a causa for excesso de peso, muitas vezes só o emagrecimento é suficiente para normalizar os níveis de testosterona. Se não, há tratamentos com reposição hormonal.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SÍNDROME PLURIMETABÓLICA



Conhecida também como metabólica, dismetabólica ou síndrome X, é um conjunto de sinais clínicos e/ou laboratoriais, acompanhados ou não de sintomas decorrentes de anormalidades metabólicas. De acordo com um protocolo apresentado e adotado pelo Programa Nacional de Educação em Colesterol (The National Cholesterol Education Program), dos EUA, ela está presente quando o indivíduo possui pelo menos três dos seguintes fatores:
  • Circunferência abdominal acima de 88cm para mulheres e 102 cm para homens;
  • Elevação da concentração de triglicerídeos (acima ou igual a 150mg/dL);
  • Diminuição dos níveis de HDL, bom colesterol (menor de 40 para homens e de 50 para mulheres);
  • Elevação da concentração plasmática de glicose em jejum (acima ou igual a 110 mg/dL);
  • Elevação da pressão arterial (acima ou igual a 130/85mmHg).

O distúrbio aparece por uma resistência do próprio corpo ao hormônio insulina. Os maus hábitos alimentares e a falta de exercícios físicos influenciam na síndrome. Quando há acúmulo de gordura no abdome, a insulina produzida pelo pâncreas encontra resistência para levar a glicose para dentro das células. Dessa forma, ocorre uma maior produção e liberação de hormônio, que fica circulando pelo corpo.
Como riscos para a saúde podemos destacar que o pâncreas devido à alta produção de insulina, causa a diabetes tipo 2. 

Além disso, vários órgão podem ser afetados. No fígado a resistência a essas substâncias favorece a dislipidemia, aumento do LDL (colesterol ruim) e a diminuição do HDL (colesterol bom). No rim há uma maior absorção de sódio, elevando a pressão arterial. O coração fica mais suscetível a sofrer de anginas leves até infarto agudo. Está síndrome está relacionada ainda, a tumores malignos (câncer de cólon, de mama e de prótata), doença neurodegenerativas (como mal de Alzheimer), acidente vascular cerebral, osteoartrite (desgaste ósteo-articular) e nas mulheres, alterações de fecundidade, devido à associação de vários policísticos.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em pacientes com Síndrome Metabólica. É a obesidade o importante fator para o aparecimento desta. Quem apresenta índice de massa corporal (IMC) superior a 25 possui o dobro de chance de ter o problema.

A origem genética influência na ocorrência de obesidade, de diabetes tipo 2 e de hipertensão arterial. A síndrome dessa forma é associada a múltiplos genes e às relações que surgem quando eles se interagem. Os maus hábitos alimentares e a falta de atividade física influenciam diretamente para o aparecimento da síndrome, onde esses fatores afetam a resposta do organismo à insulina, determinando a resistência à sua ação, e aí o distúrbio se instaura.

A anomalia é um mal silencioso que precisa ser detectado o quanto antes. Os homens que possuem pré-disposição a ter barrigas são as maiores vítimas. Aparecem em adultos, mas podem ser detectados em crianças e adolescentes.

A forma mais eficiente de combate é a prevenção. Mesmo quando as alterações ou complicações aparecerem, a mudança no estilo de vida torna-se fundamental. No entanto, muitas vezes existe a necessidade do uso de medicamento, e em casos extremos a realização da cirurgia bariátrica (de redução do estômago) ou cardíaca, quando o coração já foi afetado. Ao eliminar o excesso de peso, extermina-se a síndrome metabólica.

sábado, 13 de agosto de 2011

AERÓBIOS: ANTES OU DEPOIS DA MUSCULAÇÃO?


Uma das dúvidas ainda comum entre os freqüentadores de academia de ginástica ou mesmo de quem vai procurar um treinamento personalizado é com relação ao confronto das atividades aeróbias com a musculação. O que fazer primeiro? Depois da musculação prejudica o trabalho de hipertrofia? Antes serve de aquecimento? E se não fizer? E para emagrecimento o que faço primeiro.

Em primeiro lugar é preciso estabelecer qual é o objetivo do cliente. Se for emagrecimento as duas atividades são bem vindas em qualquer ordem porque o valor nessa questão é o balanço calórico negativo. Ou seja, a ordem é queimar calorias. É preciso ainda lembrar que a própria musculação por si só também emagrece contribuindo não só com a diminuição do percentual de gordura como também o aumento da massa muscular e a explicação é simples.

Os anaeróbios como a musculação, emagrecem na mesma proporção. A diferença é que na hora do exercício o corpo utiliza o glicogênio muscular como principal fonte de energia. Depois tem que repor e vai buscar nas gorduras proporcionando o emagrecimento. O Dr. José Maria Santarém cita: "os exercícios anaeróbios propiciam emagrecimento no período pós-exercícios, quando toda atividade metabólica de síntese protéica e glicídica ocorre às custas de energia aeróbia proveniente, na sua maior parte, dos ácidos graxos do tecido adiposo".

Outro fato é que o aumento da massa muscular acelera o metabolismo basal fazendo a longo prazo o corpo gastar mais energia parado. Os fisiculturistas têm um percentual de gordura tão baixo quanto os atletas de resistência. Portanto, para emagrecer, tanto faz o cliente ir para a esteira ou bicicleta ergométrica antes, depois da musculação ou mesmo dividir aeróbio antes e depois.

Agora, quando o objetivo for musculação visando hipertrofia ou desenvolvimento da força, o questionamento pode mudar. Vai depender muito da intensidade e duração da atividade aeróbia antes ou após a musculação. As pesquisas mostram resultados, até benéficos, quando essa atividade não passa de 20 minutos com uma intensidade baixa, 40 a 60% da Freqüência Cardíaca Máxima. Uma intensidade mais alta ou duração maior, a solicitação motora pode ser contraditória ao desenvolvimento da força ocorrendo o que se conhece em Fisiologia por catabolismo. Existem trabalhos comparando atividade aeróbia de 20 com 40 minutos sendo favorável à primeira hipótese.

Veja as conclusões de estudos de treinamento simultâneo citadas por Fleck, 99:
1) A força muscular pode ser comprometida, especialmente em ações musculares de alta velocidade, pela execução de treinamento de endurance de alta intensidade.
2) A potência muscular pode ser comprometida pela execução simultânea de treinamento de força e de endurance.
3) O desempenho anaeróbio pode ser negativamente afetado pelo treinamento de endurance de alta intensidade.
4) O consumo máximo de oxigênio não é comprometido pela ação simultânea de treinamento de força e endurance.
5) A endurance não é afetada negativamente pelo treinamento simultâneo.
Isoladamente esses dois tipos de treinamentos podem ser benéficos e complementares, haja vista o perfil dos triatletas da atualidade, muito mais fortes e mais rápidos com treinamento fortes de musculação e endurance.

Outro fato a ser levado em conta quanto por onde começar é a prioridade. Se o cliente gosta ou precisa mais da musculação, a seção deve começar por ela podendo inclusive o aquecimento ser feito com exercícios envolvendo várias articulações e grandes grupos musculares com cargas mais leves. Caso o objetivo seja emagrecimento a endurance pode vir primeiro.

Leverit et al, 1999, citado por Paulo Gentil na Internet concluiu em seus estudos que os iniciantes parecem sofrer menos com as possíveis variações negativas do treinamento combinado do que pessoas treinadas. Já Bell et al, 1997 deduziu que se comparados adeptos de endurance com os de musculação, o primeiro obtêm melhores resultados.

De qualquer forma, parece que o ponto onde a maioria dos estudos concorda é o volume total do treinamento. Quanto maior ou mais intenso, mais possibilidades de prejuízos levando-nos a concluir que não é nenhum crime prescrever os dois treinamentos conjugados. Mais uma vez vale o conhecimento, experiência aliados ao bom senso.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O QUE É MUSCULAÇÃO TERAPÊUTICA

A partir da década de 90, houve um aumento significativo de produções científicas que comprovassem os benefícios dos exercícios resistidos (glicolíticos) sobre as populações especiais, onde se enquadram os idosos, diabéticos, hipertensos e obesos. Já que a referência de exercício para esta população seria a aplicação de exercícios aeróbios (oxidativos), poucas eram as metodologias que direcionavam seus focos para o exercício resistido, ou musculação propriamente dita.

Aproveitando estes referenciais científicos, foi moldado o Método STS (Strength Training Strategies) de Musculação Terapêutica. Onde o STS é a abreviação da aplicação de “estratégias para a aplicação de treinamentos e tratamentos de força”, já que o termo “Strength Training” era, e ainda o é, encontrado em grande número de artigos científicos relativos ao exercício resistido.

O que este Método possui como fundamento e estratégia, é a aplicação de 05 (cinco) pilares neurofisiológicos, que foram discutidos exaustivamente, ao longo de 10 anos (de 1989 a 1999) pela equipe de profissionais do Centro Brasileiro de Fisioterapia (CEBRAF), para que atingisse o formato atual. Os fundamentos são:
  1. Execução de movimentos funcionais;
  2. Controle contínuo da freqüência cardíaca;
  3. Comando verbal;
  4. Estímulo óculo-motor;
  5. Estímulo pelo toque
A Metodologia STS pode ser aplicada de forma completa, ou em partes. Como exemplo de execução completa, é a atuação do profissional de educação física em aplicação de sessão de Personal Training, ou de um fisioterapeuta na aplicação da cinesioterapia contra-resistida de uma sessão de fisioterapia. O mesmo profissional da fisioterapia pode aplicar padrões de movimento com os fundamentos do STS, sem caracterizar uma sessão com todos os fundamentos.

Da mesma forma, em uma sessão de aula de grupo, em academia ou em empresas, o profissional de educação física pode aplicar muitos fundamentos do STS, como em uma sessão circuito. O que caracteriza principalmente o método é que o mesmo se vale da monitorização contínua da freqüência cardíaca enquanto o paciente realiza os padrões funcionais de exercício, não permitindo que a mesma fique abaixo ou acima da faixa de treinamento, ou tratamento.

A ênfase do Método STS de Musculação Terapêutica consiste em permitir que indivíduos sedentários, ou clinicamente sedentários, obtenham um perfil de trofismo muscular de aspecto funcional. Assim, como os mesmos encontram-se com uma capacidade de trofismo e força abaixo do normal, o método procura somente normalizá-los, ou prepará-los para um trabalho físico mais específico, como uma determinada modalidade esportiva.

Em função deste aspecto, não costumamos dizer que a musculação com esta característica promova a hipertrofia muscular, e sim desenvolva o trofismo funcional. Pois, a partir do momento que o indivíduo passar a possuir um grau de força e de trofismo normais, ele possuirá condições de ingressar em treinamento físico específico com ênfase à hipertrofia propriamente dita.

Como não entendemos o Método STS como fisiculturismo, não lhe impomos o crivo de técnicas desta modalidade. Pois o público alvo da Musculação Terapêutica possui um padrão diferenciado e é de uma quantidade muito maior que a população que busca o fisiculturismo. Além de tudo, a busca principal do público que necessita da Musculação Terapêutica, é por qualidade de vida.