Manter o corpo alinhado é um requisite
básico para uma boa respiração. O inverso também é verdadeiro – respirar corretamente
é uma grande arma contra desvios posturais e psicomotores. Pode parecer um
desafio de lógica, mas à medida que a compreensão dos mecanismos fisiológicos e
anatômicos do corpo aumenta, é possível perceber que não se trata do que vem
antes, mas do que está trabalhando de forma integrada no seu corpo.
Um padrão respiratório bem
ancorado á a base para quem pratica meditação, ioga, canto, dança, teatro,
esportes e, claro, Pilates. Independente de práticas corporais ou de êxtase,
ela é de relevância óbvia e vital para que o corpo realize as trocas gasosas
com o meio ambiente, nutrindo nossas células, nossos órgãos e nossos tecidos
com oxigênio e eliminando o gás carbônico, além de atuar no equilíbrio psicomotor
e emocional.
Quando a respiração vira um ato
apressado e superficial, muitos problemas físicos e emocionais podem se
manifestar, como ansiedade, estresse, dificuldades de concentração, desvios no
sistema locomotor, má postura, desequilíbrios de força e flexibilidade e até
deformidades no tórax. Da mesma forma, quando se descuida da postura corporal
ou se adquirem vícios motores, a respiração pode ser afetada e sofrer diversos
tipos de patologias; afinal, não podemos esquecer que a caixa torácica é o
espaço que protege, limita e contém todo esse processo, e o que quer que comprima
ou altere a integridade desse local pode prejudicar a eficiência do que ocorre
ali.
Por outro lado, quando o ato de
respirar ganha atenção consciente e, um nível acima disso, quando a respiração completa
e profunda vira o padrão natural da pessoa, percebem-se ganhos na consciência corporal,
na fluência dos movimentos e a postura, além de maior serenidade e confiança.
Texto extraído da REVISTA OFICIAL
PILATES – Ano 1 – N° 5, pág.: 43