sábado, 23 de abril de 2011

Saúde que se pesca

Rica em vitaminas e em proteína, a carne do peixe tem menos gordura que a carne vermelha e é muito útil para os corredores

Por Fausto Fagioli Fonseca

A carne de peixe é, normalmente, a primeira opção de quem busca evitar a carne vermelha, que possui maior quantidade de gordura saturada e colesterol. Rica em proteínas de boa qualidade é também composta por grandes concentrações de vitaminas lipossolúveis (solúveis em lipídios e não em água) A, E e D. Além disso, a boa notícia para os corredores: possui vitaminas hidrossolúveis, como a niacina, que estão presentes nas reações químicas de liberação de energia para a corrida.

Cerca de 20% da carne do peixe é composta por proteínas, que contribuem para o crescimento e formação do organismo. “O bacalhau está entre as espécies com maior nível de proteína”, esclarece Patrícia Ramos, coordenadora Serviço de Nutrição e Gastronomia do Hospital Bandeirantes, que completa. “Uma porção de peixe de 125g possui entre 28 e 50% de cálcio, 24 a 44% de fósforo e 7 a 44% de ferro que o organismo requer diariamente”.

A proteína da carne de peixe, aliás, é diferente e mais saudável. “Ela é uma proteína de ótima qualidade (contém uma boa quantidade de aminoácidos essenciais). Geralmente são proteínas de baixa quantidade de colesterol. Possui ainda ômega 3 (apenas o ômega 3 dos peixes diminui processos inflamatórios do nosso corpo), o que é excelente para corredores de provas longas como maratona, meia-maratona e de triathlon”, explica o nutricionista Luís Ricardo de Souza Alves, da clínica
Nutrição Fácil.

Para os corredores
Além dos nutrientes já citados (vitaminas A, E e D) a carne de peixe possui ainda as do complexo B, como cálcio, fósforo, ferro e flúor, que melhoram o processo de produção de energia na hora das passadas e elevam o aproveitamento das vitaminas e sais minerais dos outros alimentos. “Sempre sugiro aos meus clientes corredores que consumam peixes pelo menos duas vezes na semana (grelhados, assados ou cozidos)”, ressalta o nutricionista.

É uma boa opção para ser ingerida nas refeições que precedem a corrida, já que é de fácil digestão. Entretanto, Patrícia alerta: “é importante que o atleta não se alimente muito próximo ao horário de treino, dando um intervalo de pelo menos uma hora, para evitar o estômago cheio e hipoglicemia de rebote (acontece quando o corpo produz muita insulina e a quantidade da substância no sangue diminui)”.

A carne de peixe em forma de patê, disponível em lata, como sardinha e atum, também pode ser utilizada com pão ou torradas, mas, fique atento. “Muitas vezes a `base´ do patê é maionese e ela não deve ser consumida em exagero. Mas uma colher de sopa de patê com duas fatias de pão de forma (integral ou não) ou três torradas não é exagerar”, diz Luís.

Vantagens
Por ser leve e nutritivo, o peixe deve ser ingerido, como já dito anteriormente, pelo menos duas vezes por semana e pode ser intercalado com outras carnes, como a de aves e a bovina. Os especialistas listaram algumas qualidades da carne de peixe, que, muitas vezes, não são encontradas nas outras carnes:

- Ótima fonte de ômega 3 (peixes de água gelada como salmão, arenque, sardinhas, bacalhau, truta, cavala ou cavalinha);

- Menor teor de gordura;

- Proteína de baixo teor de colesterol;

- Contém uma boa quantidade de cálcio por porção de 100g (aproximadamente entre 20 a 167mg de cálcio);

- Possui quantidades suficientes de todos os aminoácidos que auxiliam na criação de defesas naturais do organismo contra algumas doenças que intervém no crescimento e desenvolvimento do corpo;

- O fósforo presente intervém nas funções cerebrais, como a memória, e também fortalece os ossos.

Treinamento Funcional - O que é e como utilizá-lo?

TREINAMENTO FUNCIONAL

A musculação vem ganhando cada vez mais adeptos para melhorar a performance e prevenir lesões. Todavia, alguns estudos estão sugerindo que é preciso ir um pouco além dos pesos e dos aparelhos. O treinamento funcional vem sendo citado como mais eficaz tanto para melhorar o rendimento (atletas), como para diminuir o risco de lesões (adultos e idosos), pois melhora consideravelmente a sua Capacidade funcional, que é a habilidade para realizar as atividades normais da vida diária com eficiência, autonomia e independência.


WORKSHOP EQUIPE CORE 360º - TREINAMENTO FUNCIONAL

O QUE É?
É um método de treinamento de força que se baseia no princípio da instabilidade mecânica para gerar estímulo sensório-motor através do CORE (centro de força do corpo: abdômen - lombar), que possui importante função na manutenção da postura e prevenção de lombalgia. Por exemplo, um agachamento feito no solo exige apenas força para superar a resistência oferecida pela carga a ser levantada e a força da gravidade. Agora imagine o mesmo exercício executado em uma cama elástica, mole e instável? Acrescenta-se ao mesmo exercício instabilidade, o que recruta mais fibras musculares e de forma mais global e intensa, aumentando a dificuldade do exercício e conseqüentemente o gasto calórico.

COMO UTILIZÁ-LO?
O uso do treinamento funcional exige a supervisão direta de um profissional na área de TREINAMENTO e/ou REABILITAÇÃO FUNCIONAL, principalmente o aluno iniciante, pelo risco de quedas e lesões pela má execução dos movimentos. As pesquisas indicam o treinamento funcional para a reabilitação de atletas lesionados, programas de atividade física para a terceira idade, para a prevenção de lesões em indivíduos ativos.
Uma boa dica para treinar com eficiência sem sair de casa, para quem não pode, ou não gosta de academia.

TREINAMENTO SUSPENSO EM GRUPO (TRX)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ZONAS DE TREINAMENTO

Existem 6 zonas diferentes de treinamento que correspondem a diferença de níveis de intensidade de exercício e que correspondem a vários mecanismos de transporte metabólico e respiratório no organismo:
(ACSM - fonte: Filho, José Fernandes, 1999 )
Zona de Frequência
FCM
VO2 máx
Duração
Sistema de trabalho
Ritmo Máximo
Ritmo de Trabalho
Atividade Regenerativa (reabilitação)
40-60%
até 40%
aprox. 20 min
reabilitação cardiorespiratória ou osteomuscular
-
ritmo do paciente
Zona de atividade moderada
50-60%
até 50%
+ de 30 min
queima metabólica
caminhada rápida
ritmo fácil
Zona de controle de Peso
60-70%
até 50% a 60%
+ de 60 min
cardiorespiratória
maratona
trabalho base
Zona aeróbica
70-80%
até 60% a 75%
8-30 min
aeróbica
10 km
longo
Zona de limiar anaeróbico
80-90%
75% a 85%
5-6 min
absorção de lactato
3 km a 5 km
tempo
Zona de esforço máximo
90-100%
85% a 100%
1-5 min
anaeróbico
800m a
1500 m
curto

Tempo de Recuperação de Acordo com a Intensidade do Exercício
50% até 85% = de 6 hrs a 24 hrs
85% até 90% = de 12 hrs a 24 hrs
90% até 95% = de 12hrs a 48 hrs
95% até 100% = - 12 hrs a 72 hrs

sábado, 16 de abril de 2011

Benefícios do Pilates e do Treinamento Funcional para mulheres no período de gestação.



Por: Cristina Abrami

A prática da atividade física durante a gravidez pode trazer inúmeros benefícios para a mulher, como o controle do peso, maior energia, condicionamento físico, melhora da postura, prevenção e alívio de dores.

Desde que autorizada e acompanhada pelo médico, a prática da corrida pode ser realizada de uma forma segura durante a gravidez, porém, é necessário tomar certas precauções e fazer modificações nos treinos para que a atividade possa ser benéfica tanto para a mãe quanto para o bebê.

A melhora do condicionamento físico e os treinos para competições neste momento cedem lugar a uma corrida moderada, priorizando o exercício ao ar livre para liberar o stress e manter-se saudável.

Mulheres que não praticavam corrida anteriormente devem optar pela caminhada durante o período gestacional e iniciar um programa de corrida no momento adequado, somente após o parto.

Fisiologia e cuidados
Várias alterações fisiológicas durante a gravidez exigem adaptação ao exercício físico, especialmente à corrida. Dentre elas podemos destacar a variação da taxa de batimentos cardíacos, que aumenta mesmo sem esforço e, por isso, para não entrar em exaustão, a mulher deve ouvir seu corpo sempre tendo como referência sua própria percepção de cansaço, alterando sempre que necessário a intensidade do exercício.

Outro cuidado a ser observado pela corredora gestante é a escolha de superfícies regulares para a prática da corrida, garantindo assim menor probabilidade de entorses e distensões nas articulações já que, na gravidez, os hormônios provocam frouxidão ligamentar. Mesmo com todos esses cuidados é indispensável o acompanhamento médico, pois à medida que a gravidez avança, mudanças fisiológicas e ortopédicas ocorrem no corpo e a disponibilidade para o exercício varia não só de gestante para gestante como para a mesma mulher nos diferentes trimestres de gravidez.

Da corrida para a caminhada
Passar da corrida para a caminhada nos meses finais e acrescentar desde o início exercícios adequados para melhorar a postura, fortalecer membros superiores e inferiores e prevenir dores e sobrecargas na coluna são providencias necessárias ao longo da gestação para manter-se ativa, disposta e saudável.

Adotar a prática do Pilates e/ou do Treinamento Funcional durante a gestação é um excelente recurso para quem deseja continuar se exercitando, independente da prática ou não da corrida. Nesse caso, ainda que a futura mamãe não tenha tido contato com Pilates ou Treinamento Funcional antes da gravidez, ela pode iniciar a prática mediante liberação médica após o segundo trimestre de gestação. 

Ainda que o método Pilates seja um dos meios mais seguros e eficientes para se exercitar, existem contra-indicações que inviabilizam sua prática se a gestante, por exemplo, apresentar indícios de parto prematuro, risco de descolamento de placenta entre outros, por isso é indispensável a orientação, autorização e acompanhamento médico.

Para gestantes, recomendam-se aulas individuais para que seja possível atender cada mulher em suas demandas específicas. A prática deve ser realizada sob orientação de um instrutor experiente, capaz de adaptar a técnica e utilizar os equipamentos do método no sentido de oferecerem a assistência e a resistência necessária para um prática segura e eficiente.

O foco da prática do Pilates e do Treinamento Funcional neste momento deixa de ser o fortalecimento da região abdominal e passa a ser a manutenção de um tônus suficiente para auxiliar no trabalho de parto e prevenir dores lombares.

Benefícios

A melhora da postura é outro objetivo importante para diminuir as dores lombares oriundas do aumento de peso e consequente alteração do centro de gravidade na gestante, assim como o fortalecimento dos membros inferiores que contribuem para uma descarga de peso mais eficiente nas pernas minimizando a sobrecarga da coluna.

Outros pontos importantes da prática do Treinamento Funcional na gestação são o fortalecimento dos membros superiores, preparando a musculatura para a demanda de cuidados com o bebê após o nascimento e o acionamento eficiente do períneo, que auxilia no parto normal e evita a incontinência urinária de esforço que pode ocorrer durante a gravidez (quando espirramos ou tossimos).

Por sua vez, o aprendizado da estabilização das articulações evita possíveis dores e lesões que podem ocorrer devido a frouxidão ligamentar provocada pela alteração hormonal característica da gravidez.

Aliviar dores e inchaço nas pernas e melhorar a capacidade respiratória são ainda outros benefícios da prática de Pilates/ Treinamento Funcional, aumentando a capacidade de relaxamento e bem-estar inclusive no momento do parto. Tão importante quanto a prática do Pilates e do Treinamento Funcional durante a gestação é sua prática no pós-parto. Lembre-se de respeitar seu corpo e retomar aos poucos a atividade após o nascimento do bebê.

Deve-se recomeçar de forma gradual, retomando as atividades físicas com o objetivo de manter-se ativa e não o de recuperar a forma física antiga a qualquer custo. Deve-se retomar tanto o Pilates/ Treinamento Funcional quanto a corrida como se fosse iniciante, dando um tempo necessário ao corpo de se condicionar gradativamente, para manter-se longe de lesões.

A atividade física na gestação e no pós parto deve ser o mais natural e agradável possível, no sentido de gerar bem estar e contribuir para uma adaptação gradativa e saudável do corpo às mudanças profundas que ocorrem com a mulher.

A prática do Pilates e do Treinamento Funcional podem ser uma opção a mais para seu equilíbrio físico e emocional. Consulte seu médico a respeito, procure um profissional de Pilates/ Treinamento Funcional competente e experimente!

Lembre-se de respeitar seu corpo e retomar aos poucos a atividade, pois nem seu corpo nem sua vida será a mesma após o nascimento do bebê. Isso não significa que você deva se afastar da atividade física, pelo contrário. Somente seu objetivo vai ser diferente, o foco deve ser o restabelecimento gradual do corpo, à saúde e o alívio de tensões e não um retorno imediato à antiga forma e condicionamento físico.

Os ganhos emocionais são significativos, pois o foco da aula de Pilates para gestantes é o bem-estar da futura mãe, e não apenas do bebê. Muitas vezes observamos que a futura mãe acaba por se tornar uma mera figurante na gestação e as atenções são todas voltadas para o bebê. Na verdade, sempre é muito importante valorizar a mulher praticante de Pilates em todas as suas facetas: de mãe, de esposa, de dona-de-casa, de profissional etc.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Saiba por que o aquecimento e o desaquecimento são indispensáveis para qualquer corredor

Por Fernanda Silva

O aquecimento e o desaquecimento são importantes em qualquer atividade física. Na corrida, não é diferente. Aquecer ajuda a preparar seu corpo para o exercício que será feito e desaquecer leva o organismo próximo à situação inicial, desacelerando. “O aquecimento deve ser utilizado como uma forma de preparar o corpo para suportar toda carga física imposta pelo esporte praticado”, explica o fisioterapeuta Evaldo Bósio Filho. “Já o desaquecimento, feito imediatamente após a prática esportiva, auxilia na prevenção de dores musculares”, completa.

Além disso, quando há essa preparação do organismo para o esporte, a probabilidade de lesões surgirem durante a corrida diminui. “O aquecimento prepara as fibras musculares, as articulações, as artérias, veias e até o psicológico”, explica o treinador Paulo Rennó, diretor técnico da assessoria esportiva que leva seu nome.

Como fazê-los?
O aquecimento deve ser feito através de pequenos trotes, aumentando o ritmo gradativamente. “Normalmente mando meus alunos darem um trote de cinco a 10 minutos. Passo um alongamento geral e uns tiros curtos numa intensidade mais alta. Tudo isso dura por volta de 15 minutos”, revela Rennó.

Já o desaquecimento, que diminui a frequência cardíaca e auxilia na liberação do ácido lático (substância da resposta do organismo ao esforço demasiado), deve ser feito de forma parecida, com trotes leves. “O desaquecimento deve ser feito imediatamente ou, no máximo, cinco minutos após a prática esportiva”, explica Bósio Filho.

Alongar ou não?
Nem os especialistas chegam a um acordo quanto ao alongamento antes da corrida. Fazer ou não fazer? Se você já está acostumado a realizá-lo, busque fazê-lo em uma intensidade baixa, sem exagerar no “estica e puxa”. Já depois da corrida, alongamento liberado. “No final da corrida, atleta pode fazer este exercício em uma intensidade mais alta, pois a musculatura esta totalmente aquecida e até ajuda na recuperação muscular”, afirma o treinador.

Atenção
Fique sempre atento às mudanças climáticas. O aquecimento em dias frios sempre deve ser por um tempo maior, de 15 a 20 minutos. “No verão esse tempo pode ser menor, a metade do tempo, pois o corpo já está quente”, fala Rennó. Já o desaquecimento pode ser sempre mais rápidos, tanto em dias frios quanto quentes.

sábado, 9 de abril de 2011

Pilates e Treinamento Funcional


O Pilates e o Treinamento Funcional tem como princípio preparar o corpo de maneira segura e eficiente, visando o centro de corpo e a capacidade funcional.
O treinameto funcional no pilates é um trabalho de força que utiliza os músculos do tronco e da pelve, apartir da estabilização estática e dinâmica, desenvolvendo a musculatura para melhor performance.
O treinamento funcional associado ao pilates representa uma nova forma de condicionamento físico, ativando o “power house” ou “core”, nosso centro de força, compostos pelos paravertebrais lombares, pélvicos-trocanterianos, assoalho pélvicos e abdominais.
Periodizando e respeitando cada indivíduo dentro dos princípios de treinamento desportivo, os movimentos que compõem o pilates e o treinamento funcional, realizados dentro de uma biomecânica correta, poderão trazer os benefícios necessários ao praticante, seja ele um atleta, um desportista ou uma pessoa sedentária que queira ingressar na atividade física. Suas variações de exercícios tornam o treinamento de força seguro para iniciantes, crianças, adolescentes e adultos idosos, sendo desafiador o suficiente para atletas experientes.
Os exercícios são realizados sobre a bola suiça, prancha de equilíbrio e aparelhos específicos do Pilates ou solo. O treinamento é realizado apartir de combinações desses materiais.
As aulas são realizadas apartir do princípio do Método Pilates – concentração, respiração, controle, centralização, precisão e movimentos fluídos.
O cuidado com a postura durante os exercícios devem ser priorizados para manter a qualidade e a performance da execução do movimento.
O treinamento proprioceptivo é um tipo de treinamento de força, que se focaliza no centro de força do corpo, e que traz enormes benefícios tais como coordenação, equilíbrio, resistência muscular e mobilidade articular, dentre outras qualidades que trabalham o corpo como um todo.
Autor: Fisioterapeuta Andreia Fornaro – Especialista em Fisioterapia Esportiva e Terapias Manuais.