segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SÍNDROME PLURIMETABÓLICA



Conhecida também como metabólica, dismetabólica ou síndrome X, é um conjunto de sinais clínicos e/ou laboratoriais, acompanhados ou não de sintomas decorrentes de anormalidades metabólicas. De acordo com um protocolo apresentado e adotado pelo Programa Nacional de Educação em Colesterol (The National Cholesterol Education Program), dos EUA, ela está presente quando o indivíduo possui pelo menos três dos seguintes fatores:
  • Circunferência abdominal acima de 88cm para mulheres e 102 cm para homens;
  • Elevação da concentração de triglicerídeos (acima ou igual a 150mg/dL);
  • Diminuição dos níveis de HDL, bom colesterol (menor de 40 para homens e de 50 para mulheres);
  • Elevação da concentração plasmática de glicose em jejum (acima ou igual a 110 mg/dL);
  • Elevação da pressão arterial (acima ou igual a 130/85mmHg).

O distúrbio aparece por uma resistência do próprio corpo ao hormônio insulina. Os maus hábitos alimentares e a falta de exercícios físicos influenciam na síndrome. Quando há acúmulo de gordura no abdome, a insulina produzida pelo pâncreas encontra resistência para levar a glicose para dentro das células. Dessa forma, ocorre uma maior produção e liberação de hormônio, que fica circulando pelo corpo.
Como riscos para a saúde podemos destacar que o pâncreas devido à alta produção de insulina, causa a diabetes tipo 2. 

Além disso, vários órgão podem ser afetados. No fígado a resistência a essas substâncias favorece a dislipidemia, aumento do LDL (colesterol ruim) e a diminuição do HDL (colesterol bom). No rim há uma maior absorção de sódio, elevando a pressão arterial. O coração fica mais suscetível a sofrer de anginas leves até infarto agudo. Está síndrome está relacionada ainda, a tumores malignos (câncer de cólon, de mama e de prótata), doença neurodegenerativas (como mal de Alzheimer), acidente vascular cerebral, osteoartrite (desgaste ósteo-articular) e nas mulheres, alterações de fecundidade, devido à associação de vários policísticos.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em pacientes com Síndrome Metabólica. É a obesidade o importante fator para o aparecimento desta. Quem apresenta índice de massa corporal (IMC) superior a 25 possui o dobro de chance de ter o problema.

A origem genética influência na ocorrência de obesidade, de diabetes tipo 2 e de hipertensão arterial. A síndrome dessa forma é associada a múltiplos genes e às relações que surgem quando eles se interagem. Os maus hábitos alimentares e a falta de atividade física influenciam diretamente para o aparecimento da síndrome, onde esses fatores afetam a resposta do organismo à insulina, determinando a resistência à sua ação, e aí o distúrbio se instaura.

A anomalia é um mal silencioso que precisa ser detectado o quanto antes. Os homens que possuem pré-disposição a ter barrigas são as maiores vítimas. Aparecem em adultos, mas podem ser detectados em crianças e adolescentes.

A forma mais eficiente de combate é a prevenção. Mesmo quando as alterações ou complicações aparecerem, a mudança no estilo de vida torna-se fundamental. No entanto, muitas vezes existe a necessidade do uso de medicamento, e em casos extremos a realização da cirurgia bariátrica (de redução do estômago) ou cardíaca, quando o coração já foi afetado. Ao eliminar o excesso de peso, extermina-se a síndrome metabólica.

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